RESENHA Slash - Orgy Of The Damned [2024] #23









Artista: Slash
Álbum: Orgy Of The Damned

Slash é conhecido por ser muito produtivo, o guitarrista que desde os períodos do Guns N' Roses se tornou um ícone por ser um excelente guitarrista, criar riffs marcantes e solos que se tornaram referências para muitos guitarristas. Além disso Slash também gosta de juntar celebridades e construir coisas juntos. Em Orgy Of The Damned mais uma vez Slash acerta de cara, ele constrói um album em pleno 2024 que é arrebatador, com celebridades clássicas e novas celebridades do mundo da música. Um álbum recheado de covers com versões blues/ rock com a pegada do guitarrista e unindo com vocais incríveis. 


The Pusher abre o álbum de maneira incrível, com apoio de Chris Robison que mandou muito bem fazendo bem o papel com uma afinação que casou bem com a música, Slash como sempre trouxe para a música o seu estilo. Um som cadenciado que vai ganhando força e chega no ápice nos solos de Slash, se tornando apesar de mais de 7 minutos uma abertura gostosa de ouvir. Crossroads é segunda música do álbum, ainda com um som cadenciado puxado a um rock 60/ 70 acompanhado de Gary Clark, Slash se apresenta com um belo solo, ao seu estilo, melódico e extremante dentro das notas, Gary Clark mandando muito bem em toda a música. Depois dos 3 minutos a música ganha uma calmaria, entra num blues onde Slash sola muito bem, e depois Gary Clark cantando a um som baixo que dá ênfase ao vocal. No final a música volta ao ritmo, boa música. Na versão de Hoochie Coochie Man, Slash é acompanhando por Billy Gibbons, ambos tornam a versão ainda mais gostosa de ouvir, casou bem o som com ambos, as mudanças de instrumental não afetou em nada, e tornou o som agradável de ouvir. Destaque para o solo incrível de Slash, muito bem escolhido. Em Oh Well o blues ganha força ao lado de Chris Stapleton, nessa versão muito bem elaborada por Slash, com guitarras na sonoridade certa, sem forçar muito, aparecendo quando tem que aparecer e deixando a música rolar. Destaque para o solo rápido no meio da música tornando um som gostoso de ouvir, ambos mandaram bem. Vi bastante gente falando da versão de Key To The Highway com Dorothy, os comentários era que a versão não tinha ficado boa, que a cantora tinha exagerado, na minha humilde opinião, gostei muito da participação e do vocal, para mim casou bem, parte final os gritos agudos talvez seja a parte mais baixa, mas que se torna ruim. Além de uma melodia muito bem elaborada da banda, riffs alinhados de Slash completando a música. Awful Dream é a vez de Iggy Pop tomar os vocais em uma versão de blues lenta e cadenciada, as guitarras de Slash ao fundo fazendo pequenos riffs e uma base linear. Born Under A Bad Sign com Paul Rodgers nos vocais tem uma levada muito boa, que combina com os vocais de Paul Rodgers, o solo de Slash mais uma vez não deixa a desejar nos três solos durante a música, sem inventar muito ele faz algo eficaz que torna  música boa de ouvir, boa versão. Papa Was A Rolling Stone com o vocal de Demi Lovato, uma das mais longas do álbum com mais de 7 minutos, a cantora assume bem os vocais e faz uma versão arrebatadora ao lado de Slash, os riffs de slash casando com a voz da cantora, uma das melhores versões do álbum. Entra a versão de Killing Floor 
talvez a música mais conhecida, talvez por ter sido mostrada antes do lançamento do álbum e com os vocais de Brian Johnson a música realmente tem uma pegada muito boa, os vocais de Brian Johnson enriquece muito e traz uma sonoridade diferente no álbum que ainda tem a gaita de Steve Tyler que coroa a música com seu brilhantismo, excelente música. Living For The City é a décima do álbum que já ganhando as músicas finais em um álbum impecável até aqui, ao lado de Tash Neal fazem uma música de 7:52 minutos talvez longa demais, porém não é cansativa e traz algo diferente no álbum, menos blue e mais rock puro e um bom refrão. Stormy Monday é um clássico nesse álbum recheado de clássicos, com músicos clássicos. Aqui Slash é acompanhado por Beth Hart que na minha opinião domina toda a música de maneira magistral, sendo pela primeira vez no álbum a referência principal da música, mesmo com boa melodia do Slash e banda, realmente uma excelente versão de mais de 7 minutos. Metal Chestnut é uma versão incrível de Slash, melódica, com belos dedilhados e uma guitarra limpa e marcante do guitarrista. Sem vocais o som de Metal Chestnut é uma recompensa para quem ouviu o album e no final é presenteado por uma bela versão. 

Em resumo eu gostei bastante do álbum, pra mim foi uma surpresa interessante para este ano, apesar da receita nascer vencedora, certeza mesmo ninguém tem. Então apesar de incluir uma diversidade grande no repertorio com músicos da cena do rock, pop, e até mesmo alternativo, Slash contempla um álbum muito bem distribuído, apesar de tantas celebridades ainda assim Slash se destaca por fazer arranjos nada estravagantes, mas coesos com sua identidade o que torna um álbum muito melhor do que parece. 


Nota: 4,35/5













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